“Foi uma grande experiência, na qual vivemos a sinodalidade e a colegialidade e sentimos a força do Espírito Santo que sempre guia e renova a Igreja, chamada sem demora a cuidar das feridas que sangram e a reacender a esperança para tantas pessoas sem esperança”, expressou o papa Francisco na missa de encerramento da 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos.
A cerimônia foi concelebrada pelos padres sinodais na Praça de São Pedro, no domingo, 19, com a presença do papa emérito, Bento XVI.
“Na realidade, pastores e leigos de todo o mundo trouxeram aqui a Roma a voz das suas Igrejas particulares para ajudar as famílias de hoje a caminharem pela estrada do Evangelho, com o olhar fixo em Jesus”, disse Francisco durante a homilia.
Os estudos realizados na Assembleia Sinodal serão retomados e aprofundados na 14ª Assembleia do Sínodo dos Bispos, que acontecerá de 4 a 25 de outubro de 2015, com o tema “A vocação e a missão da família na Igreja, no mundo contemporâneo”.
“Pelo dom deste Sínodo e pelo espírito construtivo concedido a todos, – com o apóstolo Paulo – ‘continuamente graças a Deus por todos vós, recordando-vos sem cessar nas nossas orações. E o Espírito Santo, que nos concedeu, nestes dias laboriosos, trabalhar generosamente com verdadeira liberdade e humilde criatividade, continue a acompanhar o caminho que nos prepara, nas Igrejas de toda a terra, para o Sínodo Ordinário dos Bispos no próximo outubro de 2015. Semeamos e continuaremos a semear, com paciência e perseverança, na certeza de que é o Senhor que faz crescer tudo o que semeamos”, disse Francisco.
Beato Paulo VI
Ao falar da trajetória de Paulo VI, o papa Francisco recordou as palavras do beato que dizia ser necessário a Igreja “perscrutar atentamente os sinais dos tempos, procuramos adaptar os métodos (…) às múltiplas necessidades dos nossos dias e às novas características da sociedade” (Carta ap. Motu próprio Apostólica solicitado).
Francisco destacou, ainda, o espírito corajoso do beato Paulo VI, seu apostolado incansável. “Obrigado, nosso querido e amado papa Paulo VI! Obrigado pelo teu humilde e profético testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja! No seu diário pessoal, depois do encerramento da Assembleia Conciliar, o grande timoneiro do Concílio deixou anotado: ‘Talvez o Senhor me tenha chamado e me mantenha neste serviço não tanto por qualquer aptidão que eu possua ou para que eu governe e salve a Igreja das suas dificuldades atuais, mas para que eu sofra algo pela Igreja e fique claro que Ele, e mais ninguém, a guia e salva’”, acrescentou.
Com informações do News.va e foto Rádio Vaticano.