Papa Francisco: Eucaristia nos fortalece e nos faz dar frutos

“Aproximemo-nos da Eucaristia: receber Jesus nos transforma n’Ele, nos faz mais fortes. É tão bom e tão grande o Senhor!”. Na Audiência Geral desta quarta-feira o Papa Francisco deu continuidade à série de catequeses sobre a Santa Missa, falando sobre a Eucaristia

O Papa Francisco iniciou a Audiência Geral falando fora do texto sobre o primeiro dia de primavera. “Boa primavera!” desejou a todos, para então recordar que, à exemplo do que acontece com as plantas nesta estação,  “a vida cristã deve ser uma vida que deve florescer nas obras de caridade, no fazer o bem”, e que se não temos raízes, “não poderemos florescer”, e Jesus é a raiz.

“Se não tens Jesus na raiz, ali, não florescerás. Se tu não regas a tua vida com a oração e os sacramentos,  haverá flores cristãs?”, pergunta. “Não! Porque a oração e os sacramentos regam as raízes e a nossa vida floresce. Faço votos de que esta primavera seja para vocês uma primavera florida, como será a Páscoa florida. Flores de boas obras, de virtudes, de fazer o bem aos outros.

Eucaristia
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue verdadeiramente uma bebida”.

Em sua reflexão, Francisco inspirou-se no Evangelho de São João (6,54-55) para falar sobre a Comunhão, dando continuidade assim a sua série de catequeses sobre a Santa Missa, que é toda “ordenada para a Comunhão sacramental”, não a espiritual que posso fazer em casa dizendo: “Jesus, eu gostaria de te receber espiritualmente”.

“Celebramos a Eucaristia para nos nutrirmos de Cristo, que doa a si mesmo quer na Palavra como no Sacramento do altar, para conformar-nos a Ele”, disse o Santo Padre dirigindo-se aos cerca de 15 mil fiéis de diversos países presentes na Praça São Pedro, a uma temperatura de 8°C.

“O gesto de Jesus que deu aos seus discípulos o seu Corpo e o seu Sangue na última Ceia – explicou – continua ainda hoje pelo ministério do sacerdote e do diácono, ministros ordinários da distribuição aos irmãos do Pão da vida e do Cálice da salvação”.

“Depois de ter partido o Pão consagrado, isto é, o Corpo de Jesus, o sacerdote o mostra aos fiéis, convidando-os a participar do banquete eucarístico”, dizendo as palavras: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor: eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”.

Este convite inspirado em uma passagem do Apocalipse – recordou o Santo Padre – “nos chama a experimentar a íntima união com Cristo, fonte de alegria e de santidade”:

É um convite que alegra e ao mesmo tempo impele a um exame de consciência iluminado pela fé. Se por um lado, de fato, vemos a distância que nos separa da santidade de Cristo, por outro acreditamos que o seu Sangue é “derramado pela remissão dos pecados”. Todos nós fomos perdoados no batismo e todos nós somos e seremos perdoados todas cada vez que nos aproximarmos do Sacramento da Penitência. E não esqueçam, Jesus perdoa sempre. Jesus não se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir perdão”.

O Papa recordou Santo Ambrósio quando exclama: “Eu que peco sempre, devo sempre dispor de remédio!”, e nesta fé “também nós voltamos o nosso olhar ao Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo e o invocamos” com as palavras: “Ó Senhor, não sou digno que entreis em minha morada, mas dizeis uma palavra e sereis salvo”. Isso dizemos em cada Missa”:

“Se somos nós a nos mover em procissão para fazer a Comunhão, nós vamos em direção ao altar em procissão para fazer a comunhão,  na realidade é Cristo que vem em nosso encontro para assemelharmo-nos a Ele. Há um encontro com Jesus! Nutrir-se da Eucaristia, significa deixar-se transformar enquanto recebemos”.