A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) foi criada com o objetivo de fortalecer a presença missionária no território amazônico, por meio de uma parceria entre diversas entidades como o Conselho Episcopal Latino-Americano e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A proposta da Rede é unir forças e criar caminhos de diálogo, cooperação e articulação entre todos os atores eclesiais presentes na região. Veja o vídeo de lançamento da Rede.
Em mensagem da coordenação da Rede, as lideranças eclesiais expressam preocupação com a vida na Amazônia. “As condições de vida destes povos com suas culturas e o seu futuro nos impelem a ficar mais próximos uns dos outros e a viver em ‘rede’ para resistirmos juntos às investidas de devastação e violência. É desta maior proximidade e solidariedade que emerge nossa esperança. Amazônia tem futuro”, manifestam no texto. Confira a íntegra do texto.
Desafios pastorais
Diante da diversidade cultural e da biodiversidade existente na região amazônica, também são identificadas algumas preocupações pastorais. “A expansão do grande capital na exploração da Amazônia através da mineração, agropecuária, construção de estradas, hidrelétricas e empresas madeireiras exige da Igreja maior presença profética. As antigas desobrigas ou tradicionais visitas esporádicas, uma ou outra vez por ano, são insuficientes para o fortalecimento pastoral das nossas comunidades”, destaca a mensagem.
A Repam nasce para articular ações integradas em defesa da vida dos povos da Pan-Amazônia e do seu bioma, fruto da parceria com os institutos de vida consagrada missionária nela inserida, as instituições eclesiais e colaboradores fraternos da Europa e dos Estados Unidos. Trata-se de organismo de “articulação e comunhão que busca estreitar os laços de colaboração e alcançar uma visão comum do trabalho missionário e evangelizador na região”.
Futuro para Amazônia
Ao final da mensagem, os membros da Repam recordam as palavras do papa Francisco que fez apelo à Igreja na América Latina para que cuide da Amazônia e “de toda a Criação que Deus confiou ao homem”.
“Queremos viver uma ‘cultura de encontro’ com todos os povos indígenas, ribeirinhos, pequenos camponeses e com todas as comunidades de fé. Em meio a tantas dificuldades e ameaças à sua cultura e às suas formas de vida, os discípulos e as discípulas missionários são testemunhas vivas de esperança”, expressam as lideranças.
Com informações e imagem Repam.